Display: um repositório sobre vício em tecnologia e bem-estar digital
Um guia aprofundado no tema “Vício em tecnologia e bem-estar digital“ explicando conceitos, como identificar e como prevenir os impactos.
Definições
Referência: ¹ ABREU, Cristiano Nabuco. Vivendo esse mundo digital. 1. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2013. Parte III, cap. 6, 7 e 8, p. 95-124.Referência: ² ROFFARELLO, Alberto Monge; DE RUSSIS, Luigi. Achieving Digital Wellbeing Through Digital Self-control Tools: A Systematic Review and Meta-analysis. ACM Transactions on Computer-Human Interaction, v. 30, n. 4, p. [páginas], 2023. DOI: 10.1145/3571810.
Tipos de vício
No livro Vivendo esse Mundo Digital (2013), o autor Cristiano Nabuco Abreu destaca os tipos de dependência e como identificá-los.
Dependência de internet
A dependência da internet é reconhecida por muitos pesquisadores e clínicos como um dos mais recentes transtornos psiquiátricos do século XXI, afetando cada vez mais jovens e adultos globalmente. Embora a literatura científica atual ainda não tenha enfatizado a posição do Brasil em relação ao tempo de conexão a partir de redes domésticas, essa situação pode resultar em sérias consequências no futuro. A iniciativa do governo de promover a inclusão digital, expandindo o acesso à internet para as camadas menos favorecidas, pode ter um efeito positivo, mas também carrega riscos, já que o acesso à internet não acompanha o ritmo da educação formal. Relatórios indicam que 6 em cada 10 brasileiros assistem a seus programas de televisão favoritos enquanto utilizam simultaneamente dispositivos eletrônicos, evidenciando que a internet se tornou a mídia mais consumida em todas as classes sociais.
Dependência de celular
A dependência de celulares tornou-se um tema frequente na mídia e atrai a atenção de clínicos e pesquisadores. Inicialmente, os estudos focavam no uso excessivo do celular como meio de comunicação, mas, com a evolução do aparelho, novos comportamentos desadaptativos começaram a surgir. Atualmente, o celular é mais um portal pessoal do que apenas um telefone, incorporando funções como GPS, câmera, redes sociais e jogos.
Essa inserção no cotidiano é feita de maneira descontrolada, a ponto de pesquisas mostrarem que muitos pais oferecem celulares a bebês para acalmá-los, superando o uso de mamadeiras e chupetas. Essa realidade indica uma mudança significativa, mas os efeitos da dependência de celulares a médio e longo prazo ainda são pouco compreendidos.
Dependência de jogos eletrônicos
Jogar é uma forma divertida e segura de aprendizado para o cérebro em desenvolvimento, não apenas em humanos, mas em várias espécies. Com o avanço tecnológico, especialmente na informática, os jogos eletrônicos se tornaram uma das principais atividades de lazer para crianças e adolescentes.
Por trás desses jogos cada vez mais envolventes, há uma indústria lucrativa que investe em pesquisas para torná-los ainda mais atrativos. Os jogos eletrônicos são a principal causa de uso problemático e dependência da internet entre adolescentes do sexo masculino, gerando grande preocupação.
Dependência de internet
A dependência da internet é reconhecida por muitos pesquisadores e clínicos como um dos mais recentes transtornos psiquiátricos do século XXI, afetando cada vez mais jovens e adultos globalmente. Embora a literatura científica atual ainda não tenha enfatizado a posição do Brasil em relação ao tempo de conexão a partir de redes domésticas, essa situação pode resultar em sérias consequências no futuro. A iniciativa do governo de promover a inclusão digital, expandindo o acesso à internet para as camadas menos favorecidas, pode ter um efeito positivo, mas também carrega riscos, já que o acesso à internet não acompanha o ritmo da educação formal. Relatórios indicam que 6 em cada 10 brasileiros assistem a seus programas de televisão favoritos enquanto utilizam simultaneamente dispositivos eletrônicos, evidenciando que a internet se tornou a mídia mais consumida em todas as classes sociais.
Dependência de celular
A dependência de celulares tornou-se um tema frequente na mídia e atrai a atenção de clínicos e pesquisadores. Inicialmente, os estudos focavam no uso excessivo do celular como meio de comunicação, mas, com a evolução do aparelho, novos comportamentos desadaptativos começaram a surgir. Atualmente, o celular é mais um portal pessoal do que apenas um telefone, incorporando funções como GPS, câmera, redes sociais e jogos.
Essa inserção no cotidiano é feita de maneira descontrolada, a ponto de pesquisas mostrarem que muitos pais oferecem celulares a bebês para acalmá-los, superando o uso de mamadeiras e chupetas. Essa realidade indica uma mudança significativa, mas os efeitos da dependência de celulares a médio e longo prazo ainda são pouco compreendidos.
Dependência de jogos eletrônicos
Jogar é uma forma divertida e segura de aprendizado para o cérebro em desenvolvimento, não apenas em humanos, mas em várias espécies. Com o avanço tecnológico, especialmente na informática, os jogos eletrônicos se tornaram uma das principais atividades de lazer para crianças e adolescentes.
Por trás desses jogos cada vez mais envolventes, há uma indústria lucrativa que investe em pesquisas para torná-los ainda mais atrativos. Os jogos eletrônicos são a principal causa de uso problemático e dependência da internet entre adolescentes do sexo masculino, gerando grande preocupação.
Referência: ABREU, Cristiano Nabuco. Vivendo esse mundo digital. 1. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2013. Parte III, cap. 6, 7 e 8, p. 95-124.
Mapas mentais sobre causas e consequências do vício em tecnologia.
Causas do vício em tecnologia
Vício em tecnologia no geral
Avanços nas tecnologias da informação
Vício em Facebook
Motivação hedônicaEnvolvimentoVínculo com os paresConfiança
Vício em Internet
Busca por sensaçõesNeuroticismoImpulsividade disfuncional
Vício em jogos
Necessidade de dominar as mecânicas do jogoNecessidade de relacionamentos
Dependência de outras redes sociais
Traço de personalidade narcisista
Dependência de celular
Relações comunitárias precárias
Vício em Internet
Dependência de jogosNegligência das tarefas diáriasRelações ruins com professores e amigos
Vício em tecnologia no geral
Baixa inteligência emocional
Vício em tecnologia no geral
Final de semana intenso
Dependência de redes sociais
Imersão focadaPreocupação com a aceitação social
Vício em Internet
AutocontroleA quantidade de tempo utilizando mídias
Conflito entre tecnologia e famíliaSobrecarga de trabalhoConflito entre trabalho e famíliaComprometimento organizacional reduzido
Dependência de redes sociais
Problemas de saúde mental
Redução de emoções positivasDiminuição de desempenhoAumento do déficit de atenção
Conflito entre tecnologia e vida pessoalConflito entre tecnologia e famíliaConflito entre tecnologia e trabalhoAumento do estresse causado pela tecnologia
Experiências de vida negativasSaúde debilitadaDesempenho insatisfatório
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Referência: Uslu, O. (2022). Causes and consequences of technology addiction: A review of information systems and information technology studies. International Journal of Social Sciences and Education Research, 8(3), 299-306. https://doi.org/10.24289/ijsser.1131136
Como prevenir o vício em tecnologia?
Aqui estão algumas dicas simples para ajudar a reduzir a dependência de tecnologia.
Desenvolver inteligência emocional.
Reduzir o número de dispositivos usados no trabalho ou na vida pessoal.
Organizar o ambiente de trabalho ou casa para afastar-se de dispositivos tecnológicos, evitando levá-los para o quarto ou áreas de estudo.
Controlar ou limitar o tempo de uso de telas diariamente ou semanalmente, utilizando recursos nativos de celulares e computadores.
Ampliar a proibição de acesso a sites viciantes (como jogos de azar).
Criar planos de ação preventivos, como bloquear sites e softwares prejudiciais, especialmente em ambientes públicos.
Atender às necessidades psicológicas das crianças, orientando-as no uso do tempo livre de forma saudável.
Estabelecer conexões na vida real, promovendo a socialização com pessoas reais para reduzir a dependência de tecnologia.
Referência: Uslu, O. (2022). Causes and consequences of technology addiction: A review of information systems and information technology studies. International Journal of Social Sciences and Education Research, 8(3), 299-306. https://doi.org/10.24289/ijsser.1131136
Indícios do vício em tecnologia em crianças e adolescentes
A criança ou adolescente passa muitas horas envolvida com tecnologia;
A criança ou adolescente está sempre preocupada com a tecnologia;
A criança ou adolescente afasta-se das situações sociais, preferindo usar dispositivos digitais;
A criança ou adolescente está cansada e irritável em consequência do sono inadequado e do uso excessivo de tecnologia;
A criança diz que fica entediada quando não está usando dispositivos digitais;
A criança afasta-se das atividades de que costumava gostar, buscando apenas atividades nos dispositivos digitais;
O desempenho escolar está comprometido porque seu foco está na tecnologia;
A criança ou adolescente já mentiu ou escondeu a extensão de seu uso de tecnologia;
A criança ou adolescente ficou raivosa ou desobedeceu quando foram estabelecidos limites de tempo ao uso de tecnologia.
Referência: Referência: ABREU, Cristiano Nabuco; YOUNG, Kimberly S. Dependência de Internet em Crianças e Adolescentes. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019. Parte II, cap. 8.
Termos que devemos conhecer
Nomofobia
Define-se por nomofobia o medo descontrolado e irracional de perder o acesso à Internet ou desligar-se do celular, sendo esse um aspecto perene do dia a dia contemporâneo; a nomofobia é uma característica crescente e que afeta circuitos neurais de forma a tornar o usuário menos funcional e mais adicto ao universo fornecido pela Internet e pelas redes sociais.¹
Fear of Missing Out (FoMO)
Pesquisadores apresentam o FoMO como um fenômeno universal entre culturas diversas, atingindo principalmente a população jovem, com impacto negativo no humor e na satisfação geral com a vida. Em complemento, outros pesquisadores afirmam que o FoMO se associa à ansiedade e suas consequências negativas, bem como ao uso intenso das mídias sociais, em consonância com o que estabelecem demais especialistas da área ao apresentar o FoMO como gerador de experiências de ansiedade.²
Referência: ¹ SOUZA, Nyaria Flêmera de et al. Nomofobia e a ocorrência de transtornos psiquiátricos em adolescentes e em adultos jovens: uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 7, n. 4, p. 01-14, jul./ago. 2024.Referência: ² MOURA, Débora Ferreira et al. Fear of missing out (FoMO), mídias sociais e ansiedade: uma revisão sistemática. Psicología, Conocimiento y Sociedad, v. 11, n. 3, p. 147-168, nov. 2021-abr. 2022. ISSN 1688-7026.
Vídeos sobre bem-estar digital
Referência: busca feita por especialistas na ferramenta TikTok.